Em um mundo empresarial caracterizado por cortes, expectativa de aumento de
produtividade dos trabalhadores e brutal competição no mercado, não é de todo
surpreendente que muitos empregados se sintam pressionados a quebrar algumas regras, dar
"um jeitinho" ou entregar-se a outras práticas questionáveis.
Os membros das organizações cada vez mais se veem enfrentando dilemas éticos,
situações nas quais precisam definir a conduta correta e a errada. Por exemplo, eles devem
denunciar aos seus superiores se descobrirem atividades ilegais acontecendo dentro da
empresa? Devem acatar ordens com as quais não concordam pessoalmente? Exageram na
boa avaliação de um subordinado do qual gostam para salvar o emprego dele? Permitem-se
fazer "politicagem" na organização para ajudar no progresso de suas carreiras?
O que significa o bom comportamento ético é algo que nunca foi claramente
definido. Nos últimos tempos, a linha divisória entre o certo e o errado tem ficado ainda
mais indefinida. Os trabalhadores veem pessoas se entregando a toda a sorte de práticas
antiéticas - políticos eleitos são indiciados por desviar dinheiro público ou aceitar suborno;
advogados poderosos, que conhecem a lei mais que ninguém, são acusados de não pagar os
encargos trabalhistas de seus empregados domésticos; executivos de sucesso utilizam
informações internas para ganhos financeiros pessoais; funcionários de outras empresas
participam de farsas para encobrir armas militares defeituosas. Eles ouvem essas pessoas
dizendo, quando são flagradas no delito, coisas como "todo o mundo faz isso", ou " você
tem de aproveitar todas as vantagens hoje em dia", ou ainda "nunca imaginei que seria
descoberto".
Os executivos e suas organizações estão reagindo a essa questão de diversas
maneiras". Eles têm escrito e distribuído códigos de ética para seus funcionários. Também
têm promovido seminários, workshops e programas de treinamento para tentar aprimorar o
comportamento ético. Contratam conselheiros que podem ser procurados, em muitos casos
anonimamente, para dar assistência nas questões de dilemas éticos. Também estão criando
mecanismos de proteção para os funcionários que denunciam práticas antiéticas.
O executivo de hoje precisa criar um clima eticamente saudável para seus
funcionários, no qual estes possam realizar seu trabalho com produtividade e confrontando
um grau mínimo de ambiguidade em relação ao que são comportamentos certos ou errados.
Nos próximos capítulos, discutiremos os tipos de ação que podem ser empreendidos para
criar um ambiente ético na organização e para ajudar os funcionários a enfrentar situações
eticamente ambíguas.
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